Mensagem recebida no dia 1-10-2023
Você pode ler a 1ª parte desta mensagem aqui.
Quem faz estes implantes
É sempre a questão “quem sou eu e quem não sou eu”. Quando ficamos muito presos na questão do “quem sou eu”, só trabalharemos um lado da moeda. Então, muitas memórias que temos são implantes, mas não é como alguns pensam “implantes da não luz”, não, foi implantado pela nossa própria família.
Sei que isso pode mexer com muita coisa em que acreditamos, mas é nossa própria família cósmica que faz os implantes. “Ah, então não existem implantes do outro lado?”, existem sim. Mas isso é um processo a posteriori, porque a priori viemos de nossa família cósmica. Estamos em nosso ambiente, onde não há interferências de fora. Eles sabem que se viermos só com nossos propósitos vamos falhar, não vamos cumprir nossa meta, seja ela qual for, e existem várias missões, mas não vamos entrar nos detalhes aqui.
Nossa vinda neste planeta apenas com nossos propósitos, eventualmente nos leva a falhar e eles sabem disso, então fazem as inserções/implantes. É como uma salvaguarda, quando estivermos inflando demais nosso ego, acreditando sermos totalmente de luz, essas inserções se manifestam para nos lembrar que precisamos trabalhar sempre, sempre e sempre.
Sim, isso pode ser visto como um teste, mas é muito simplório falar assim, é só uma visão superficial do que está por trás de tudo isso.
Um mestre, há algum tempo, já disse que seres iluminados são aqueles que passam pelas maiores dificuldades e isso é uma verdade. Não existe um ser que antes de se iluminar seja puro amor, pura luz, se fosse assim ele não precisaria estar aqui, já seria uno com a Fonte.
De que serviria esta experiência para ele? Para nada, pois não há evolução na consciência pura. É como um quadro de Matisse ou Cèzanne, onde as pinceladas são perfeitas. Ou então, uma pintura de Michelangelo, com todos os detalhes perfeitos, a perfeição plena, como se o pintor tivesse um vislumbre daquilo que ele já foi. Mas, de repente, vem uma pincelada de cor negra, quase imperceptível, quase maculando aquela obra-prima somente para lembrar que existe o outro lado.
Sim, quando entramos na dualidade somos metade luz, metade escuridão, mas não significa que somos isso, esta realidade é parte do programa. Para trabalhar essa situação, temos que encontrar o caminho do meio, fazer o equilíbrio entre as duas partes, porque elas são uma e a mesma coisa: energia. Ou você acha que a escuridão se alimenta do quê?
Tudo nesta existência é provido, mantido e se alimenta de energia. Somente o uso desta energia é que a deforma. Este é o grande ensinamento. Quando os seres trevosos aparecem no nosso caminho, devamos agradecer. “Gratidão por estarem aqui me ensinando mais uma lição”.
Tudo faz parte do aprendizado e quanto maior for a complexidade do programa que está inserido em nós, significa que o nosso trabalho para o outro lado também tem uma relevância muito grande. Consegue compreender isso?
O doce que vira amargo
Quantas vezes queremos sentir um prazer, fisicamente todas as sensações prazerosas são divinas, mas como reagir nessas situações? É simples, veja que elas são passageiras, são perenes e sazonais, volta e meia se repetem na nossa vida. Ao buscar um prazer agora e logo depois outro, o que não podemos fazer é transformar essa busca incessante em nosso caminho e começar a se alimentar desses prazeres, porque se assim o fizermos se torna um processo sem fim.
Agindo assim, entramos em um looping, porque toda vez um prazer exige um prazer maior logo em seguida. Este é o processo do vício e em tudo o que fazemos existe a propensão de tornarmo-nos viciados. Ser um viciado significa que estamos entorpecidos pelas sensações e emoções quimicamente e biologicamente pré-programadas no nosso corpo.
Tudo que cura tem um gosto amargo. Um remédio amargo é bom para o fígado, um outro também amargo é um santo remédio para os rins, aquele chá com sabor desagradável pode curar seu coração. Agora, se formos para a doçura, que dá uma sensação de conforto e nos faz sentir bem, logo começamos a discernir que quando um processo começa doce, termina amargo. Aquela doçura vai gerar uma doença no nosso sistema, um diabetes, cirrose, gorduras no fígado, uma disritmia cardíaca. Isso pode ser considerado uma parte da alquimia dos elementos.
Veja como a armadilha é perfeita, se em determinado momento nos oferecerem um chá de boldo ou um bolo açucarado, sempre vamos tender para o doce, para o mais fácil de digerir. Aquilo que é fácil de digerir aceitamos sem relutância e isso é um grande ensinamento. Aqueles mestres com palavras doces estão seduzindo a sua atenção, mas veja, esses discursos doces, suaves, melosos, nos levam para um caminho amargo, não há escolha.
Entregamos nosso poder de discernimento nas mãos de outras pessoas, por quê? Porque é mais palatável. Quando alguém se propõe a te ensinar algo, não é muito mais fácil? Todos estão correndo atrás dos professores, dos mestres e dos gurus para receberem as pílulas de sabedoria, isso também é uma ilusão. O verdadeiro mestre te dará um pão velho, amanhecido e te dirá para digerir isso.
Se nos recusamos a digerir as coisas ruins e difíceis, como é que evoluiremos? A evolução exige um certo grau de tolerância, que chamamos de resiliência. As pessoas não conseguem perseverar, logo desistem, porque pensam “é só sofrimento, só dor, não, eu não quero isso, quero um conforto, quero um colo de mãe”.
De repente, é isso mesmo que estamos procurando, o colo de Sarasvati, mas lembre-se que quando a coisa complica demais, essa doçura se dissolve e somos levados para outras realidades, outros mundos mais densos.
Nunca podemos perder de vista a questão principal que nos trouxe até aqui: quem sou eu e quem não sou eu. Na verdade, não é o que somos, ou o que não somos, e sim o que nossa essência manifesta. Quando reprimimos nossa essência, estamos no lado da escuridão, quando a deixamos florir, estamos no lado da luz.
O que isso significa? Que nos tornamos visíveis para os outros, para o mundo, então os julgamentos começam a aparecer, mas não estamos preparados para eles. Não mesmo. É como uma saraivada de chicote nas nossas costas, arrancando partes da nossa carne. Então, nesta hora nós pensamos: o que é a carne?
“Eu não sou este corpo, não sou esta mente, sigo o caminho da retidão, nunca deixando de compreender que estou num sistema de dualidade”.
Namaskaram
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