Quem eu sou e quem não sou – Parte 1

Quem sou eu e quem não sou
Como discernir o que sou do que não sou

Mensagem recebida no dia 1-10-2023

Quando você esvazia a sua mente, outras realidades se apresentam, a questão é como discernir o que sou, do que não sou. Parece uma simples questão de lidar com a dualidade, com o negativo e o positivo, o bem e o mal, mas, na verdade, é uma reflexão muito mais profunda.

Às vezes, buscamos saber quem somos, o motivo de estarmos aqui, de onde viemos, mas isso são todas questões ligadas ao ego. Ele se alimenta dessas informações e se apropria desses pensamentos dando vida a estes questionamentos, como se fossem algo muito importante. Ou seja, é um sistema eterno de aprisionamento.

Quando temos insights, relances, intuições, pensamentos distópicos, pensamentos utópicos, depois que os criamos, o ego se apropria deles, consegue manipular e aumentar cada vez mais a sensação de ilusão, entretanto não percebemos isso. E, realmente, acontece de forma inconsciente, é um trabalho interno que é feito pelo ego.

O ego é um programa muito bem preparado que se apropria de tudo o que vemos, falamos e pensamos. Ele vai moldando tudo de uma forma como se esses meros pensamentos fossem uma realidade na qual estamos inseridos. Mas temos que perceber que isso é só uma parte do programa rodando em nós. O ego precisa de informações e nós as providenciamos.

Como criamos nossa realidade

Quando temos um pensamento utópico na existência de um paraíso, um lugar perfeito onde pertencíamos, e por qualquer motivo agora estamos aqui, isso também é uma ilusão. Mas o ego não discerne ilusão de realidade. O programa foi feito para processar os dados de uma forma bruta. Para que a compreensão fique melhor, é como se ele não diferenciasse o que está entrando em nossa consciência, ele simplesmente toma aquilo como uma verdade e num processo inconsciente molda nossa realidade.

Isso funciona para os dois lados, quer desejamos ser um santo, ou desejamos, por curiosidade para tentar fugir da monotonia, ser um demônio. Ele não diferencia. Se tivermos pensamentos elevados, ele criará a nossa realidade com base nisso e eventualmente vamos nos tornar um santo, uma pessoa iluminada, purificada.

Da mesma forma, se tivermos pensamentos negativos, ele não fará a distinção e simplesmente com base nestes pensamentos criará nossa realidade.

Então, neste momento, surge a questão do início, quem sou eu e quem não sou eu? Até que ponto conseguimos discernir o que são nossas verdadeiras memórias daquilo que nos foi implantado? Não podemos ser ingênuos e achar que isso não existe ou que seja algo provindo do outro lado, de seres malignos. Não é nada disso, é nossa própria criação.

Quando o ego consegue criar a realidade que entende ser perceptível, aquilo se torna a nossa realidade, como uma fundação. Com base nesses pensamentos iniciais, ele passa a processar com uma precisão incomensurável todos os dados e vai estruturando a partir disso, criando perspectivas e projeções. Este não é apenas um processo mental, o programa é tão bem feito que essas perspectivas e projeções se tornam materiais. É impossível descrever a precisão e a acuracidade desse programa.

O único problema é que quando limpamos nossa mente e passamos a discernir que não existe bem e mal, que a energia é uma coisa só, o ego fica confuso, mas como o programa é quase perfeito, ele sempre vai fazer os cálculos para nos gerar aquilo que ele acredita que nós estamos procurando. Então, essa viagem interior é muito difícil.

A existência dos implantes

O que percebemos hoje é que muitas pessoas que estão aqui encarnadas vieram de lugares distantes e distintos, de realidades totalmente incompreensíveis. No entanto, existe um detalhe nesta história, e por mais que se pense que somos nós que programamos nossa encarnação, se estivermos aqui como uma punição por qualquer motivo, sendo que esta punição é imposta pela nossa família cósmica, ela nos insere implantes de memórias falsas.

O objetivo dessas inserções é conseguir trazer para a consciência da pessoa encarnada um grau de dificuldade muito maior do que aquilo que ela imagina. Pode-se dizer que é como um teste, contudo, é muito mais do que isso. É uma forma de potencializar as experiências que a pessoa passará.

Em determinado momento isso pode gerar uma certa revolta, porque não deixa de ser uma manipulação e por isso tenha sempre em mente o questionamento: “o que eu sou e o que não sou”. Às vezes, é muito mais importante saber o que não somos, do que ficar trabalhando com aquilo que imaginamos ser.

É sempre uma questão de enfrentamento. Duas realidades são postas a nossa frente, uma de luz dourada, uma coisa indescritível de paz, harmonia e ao mesmo tempo, do outro lado, toda uma perturbação, um estado de desarmonia completo. Qual é o sentido disso? Uma conclusão que podemos chegar é que quanto maior for nosso anseio pela luz, mais complexos serão os implantes que tenderão a nos fazer sentir a escuridão.

Sim, muitos, não todos, mas uma grande parte das pessoas que estão aqui, estão presas neste dilema, porque quando começamos a pensar “quem eu sou”, o ego acorda e procura mostrar coisas que gostamos e acreditamos. Começamos a tomar aquilo como uma realidade, na verdade é só o programa funcionando em nós.

O caminho do meio

Há um caminho pelo qual podemos sair disso. Não é no nirvana, nem no sofrimento, esse ensinamento já foi dado por Buda quando ensinou que existe o caminho do meio.

O caminho do meio, como todos sabem, não significa um estado de inércia, nem permanecer em cima do muro olhando de um lado a luz e do outro a escuridão. Não é isso. O caminho do meio é o mais difícil, pense bem, quando falamos “eu sou um ser de luz” e pulamos para o lado da luz, caímos na ilusão. Quando pulamos para o outro lado e dizemos “eu sou uma pessoa má”, também caímos na ilusão.

Esses são caminhos fáceis para serem seguidos porque estaremos apenas rodando o programa. É uma falsa crença, uma realidade programada, mas que é muito forte e quase palpável, onde de fato conseguimos senti-la. Como convencemos uma pessoa de que esta realidade programada é uma ilusão, sendo que ela está materialmente sentindo aquilo? É quase impossível. Por isso, o mestre não ilumina o discípulo.

O verdadeiro mestre alimenta as provocações, as dúvidas e sempre tenta puxar o discípulo para o caminho do meio, que é o mais difícil. É o caminho mais difícil porque podemos assumir a luz ou a escuridão tranquilamente, sendo muito fácil e imperceptível pela nossa consciência, pois 95% da nossa existência é inconsciente.

Então, já temos uma ideia do que vai nos dominar na matéria, mas nos inserimos neste programa e aquele estado de consciência passa a ser a nossa realidade. Quem terá a coragem de questionar? Ninguém pode fazer isso. Os mais altos mestres e guias sabem que não podem fazer nada, ou seja, aquele ensinamento arraigado de salvação externa não existe, porque simplesmente não pode ser feita.

A verdadeira salvação somos nós e acontece por nós mesmos. É certo que quando chegamos neste ponto já estamos a um passo do caminho do meio, que é o mais difícil pelo seguinte: é uma luta constante, sempre teremos vislumbres da luz nos chamando e vislumbres do outro lado nos chamando também, mas procuramos manter o equilíbrio.

Não podemos ficar em inércia, temos que agir, era o que Buda ensinava. Devemos sempre ter o pensamento correto, a ação correta e a palavra correta, sendo um processo que exige esforço.

A toda hora o ego roda o programa e coloca a nossa frente verdadeiras armadilhas. Entretanto, não podemos pensar que a armadilha colocada pelo ego é dolorosa, este é o problema. A armadilha é prazerosa por isso caímos. Ela é muito atrativa, ou seja, somos seres emocionais justamente para trabalhar esse equilíbrio.

O que pensamos pode ser diferente do que sentimos, ou o que sentimos pode ser diferente do que pensamos. É preciso entender este processo, pois isso é nossa mente trabalhando com a dualidade. As vezes pensamos em fazer algo bom, mas virando a esquina já estamos arquitetando um plano maligno para nos dar bem.

Agora, nós temos que perceber uma coisa, não é um processo de anulação. Se temos um pensamento ruim e oferecemos ajuda a alguém, isso não anula este mal pensamento. O processo da limpeza é muito mais profundo, pois nossos pensamentos negativos estão entrelaçados no nosso DNA, em nossas células, em todos os órgãos. Por isso, sempre é preciso fazer uma depuração do sistema.

Essa depuração é física, com ervas, florais, medicinas e o que mais ressoar com cada um, para ir aos poucos limpando o campo e tornando o trabalho da consciência mais fácil, para que ela se atenha somente ao que é necessário e não precise trabalhar com aquelas inserções/implantes feitos antes de virmos para o planeta e os feitos pelo próprio ego.

Continua…

Namaskaram

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1 comentário em “Quem eu sou e quem não sou – Parte 1”

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