Nunca ensine para alguém algo que você mesmo não tenha experienciado. Infelizmente, isso se tornou muito comum, o verdadeiro conhecimento só pode ser transmitido por aquele que viveu a experiência e, não só isso, é necessário que ele tenha conseguido, com esforços próprios, superar aquilo que na sua mente são adversidades.
Tudo é criação mental, mas a partir do momento em que se forma um pensamento, ele se torna real. Fora disso, fora da confrontação com a sua própria sombra, é uma falsa evolução. Quando se é trazido para este ambiente, não existem mentiras.
Não, esta é a sua própria realidade, construída sobre uma fundação sólida, quase indestrutível de crenças. Muitos preferem ignorá-la, não querem mergulhar fundo nesta estrutura construída por eles mesmos. São labirintos de cavernas, onde os segredos e os desejos mais impuros estão escondidos.
Muitos falam em acessar o Akasha, mas quando dizem acessá-lo só encontram informações de luz e ensinamentos ditos elevados. Mas, agora estamos lhes mostrando o Akasha das sombras, lá estão todos os seus medos, suas frustrações, suas angústias.
Entretanto, surge um guru e diz que tudo isso é uma construção mental, que você deve elevar seu pensamento, mas, fazendo isso, você se distancia da verdadeira realidade; daquela concretude que não se pode escapar. É a sua própria estrutura emocional, física e orgânica, quase palpável, mas, ao mesmo tempo, inquietante. Alguns terão um mero vislumbre disso e chamarão de ataque, forças do outro lado, escuridão, mas é a sua própria sombra.
De tanto buscar a luz e a iluminação, as pessoas ficam cegas. Acreditam que são imunes, acreditam ter transcendido à matéria, mas isso é um ledo engano, e o preço é muito alto. Quando o ser procura ignorar essa parte que o compõe, o abismo não tem fundo. Ele se estende de acordo com a capacidade do próprio ser em formular os pensamentos, e, a todo segundo, este abismo é construído e reconstruído. Você poderá procurar terapeutas para ressignificar este estado, mas isso também será um engano, pois você precisa confrontá-lo.
Eu sou o mestre guardião destes portais e posso dizer: todos aqueles que ousam atravessá-los nunca mais serão os mesmos. Mas eu lhes ensino que não é preciso abraçar as sombras, apenas compreendê-las. Se elas fazem parte de você, qual o problema? Qual o problema em reconhecê-las e buscar compreendê-las?
Antes de procurar alçar um voo maior, a águia, primeiro, precisa caminhar. E, naquele ninho, onde aparentemente há uma beleza, reside toda a sua sujeira. Enquanto você não compreender esta sujeira, para onde quer que vá, ela estará em você, pois é uma criação mental; não é um lugar aonde você possa fugir ou se esconder.
Como poderia alguém se esconder da sua própria sombra? Jogando mais sombra nela? Fingindo que ela não existe? Buscando um subterfúgio para a luz, se a luz é interna? Somente ao mergulhar em si mesmo e ascender esta luz, você não eliminará, mas compreenderá a sua própria sombra.
Por que estou aqui? Porque aceitei esta tarefa como guardião dos registros mais obscuros da humanidade. Todos os planos, todas as luxúrias e desejos, todas as mentiras estão aqui, mas não pensem que é fácil acessá-los. Assim como não é fácil acessar o Akasha da luz, também não é fácil acessar o Akasha das sombras.
É preciso permissão da sua consciência maior. Aqueles que batem à minha porta são facilmente rejeitados quando não vêm de pura vontade. Não é uma obrigação, é apenas uma parte do processo. Mas as pessoas gostam de fantasiar, então criam nomes para mim: mestre da mentira, mestre das ilusões, ardiloso e qualquer outra dessas denominações. Pobres coitados, não veem que estão dando nomes para eles mesmos, e não para mim. Eu sei quem sou e porque escolhi esta tarefa.
Ou vocês acham que os seres ditos elevados estão todos em outros níveis de luz? Se é assim, quem é que cuida da outra parte, da parte suja da humanidade? Novamente, vocês fantasiam achando que são grupos, seres, entidades malévolas que influenciam a mente. Eles só seguem a lei da ressonância, se manifestam onde existe atração.
O que se fala e o que se faz
Muitos hoje se autodenominam mestres e se põem a ensinar algo que não vivenciaram, algo com o que não trabalharam. Então, no processo de expansão da consciência, sucumbem, porque a expansão da consciência não se faz de forma vertical, não é um eterno subir, mas é um constante expandir. Cada vez que você expande, toca todos os pontos do universo: a luz e a sombra.
Este é o eterno jogo da dualidade, que vocês insistem em negar. Até mesmo aqueles mais esclarecidos ensinam que esta dualidade deve ser afastada, mas não mostram como. Só dizem que você precisa ressignificar, jogar luz sobre aquilo, mas do que adianta jogar luz sobre algo que não reflete?
Não, vocês precisam encarar o submundo da sua própria consciência. Quando este processo é natural, eu abro as portas. Como os mestres ascensos, eu mostro os caminhos, mas quem deve percorrê-los, através da própria escolha, é o próprio ser. Mas aqui vai uma advertência: esteja preparado para o que você acessará, pois não se trata apenas de ver, você sentirá também; são registros vivos.
Você pode me chamar de guardião do passado, pois é assim que vocês veem, nesta linha temporal que estão inseridos. Mas eu guardo muito mais: guardo o próprio futuro, porque tudo aquilo que não foi, mas já foi pensado, obviamente se tornará realidade em algum momento da história.
Sim, eu trabalho com o tempo cíclico – não no sentido de aprisionamento, mas no sentido de desdobramento. É uma constante universal; a inamovibilidade das partículas não existe, todo o processo se desenrola em espirais ascendentes e descendentes.
Do fundo para a superfície
Quando há o equilíbrio? Quando se desceu até o limite da sua capacidade e se inicia a verdadeira ascensão. O iluminado é aquele que sai do fundo do abismo para a superfície, e não aquele que está na superfície e procura alçar voos mais altos. Este compreendeu apenas uma parte do processo, esquecendo-se de trabalhar com a outra metade.
Alguns dirão que isso é punição, castigo ou julgamento; longe disso, é apenas a realidade. Quando vocês pensam, vocês criam; mesmo que isso não se materialize no mundo material, isso se torna um plasma. Este plasma sobe ou desce, dependendo da vibração que possui; os pensamentos elevados sobem como vapor no oceano, mas os pensamentos densos repousam no fundo deste oceano.
Eu sou o guardião deste fundo; posso mostrar para vocês a infinitude de cavernas e labirintos – todas as atrocidades, todos os pensamentos impuros, todas as maldades, os desejos egoístas. Eu os tenho todos registrados. Sim, é como um acerto de contas, vocês precisam prestar contas para mim, precisam me mostrar que entenderam o que já fizeram, o que já pensaram.
Mas não sou juiz e nem absolvo nenhum dos pecados e pensamentos impuros; é o próprio ser que transfigura somente depois de ter-se confrontado com aquilo que fez. Podem chamar isso de causalidade, mas eu chamo de realidade. O que pode parecer ilusão para vocês, para mim não é.
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Nós não precisamos vigiá-los de forma alguma, este trabalho seria impossível, são vocês mesmos que nos procuram quando emitem pensamentos de baixa frequência. Eles vêm até mim, eu os registro e os guardo, até que o dono venha procurar. Eu tenho um livro negro com o nome de cada um, isto não é o inferno, pelo contrário, é a purificação.
O que verdadeiramente lava a alma do ser é o seu autoconhecimento; é preciso se limpar para entrar nas muitas moradas. Sim, eu conheço Yeshua; eu estive ao seu lado. Mais do que suas palavras, conheço a sua obra – eu as vivi. É isso que me mantém neste trabalho, neste cargo. Eu sou incorruptível, pois sei o preço da corrupção, eu as tenho todas registradas aqui.
Assim como a criança, quando nasce, ela primeiro rasteja, depois engatinha, depois anda, num processo natural. Assim é o processo do ser humano: antes de andar, ele precisa rastejar; se defrontar com a imundície criada pela sua própria mente.
Esta não é uma mensagem negativa, de forma alguma, é um verdadeiro ensinamento: se quer andar, aprenda a rastejar primeiro. Reconheça aquilo que te mantém na Terra: que é a própria Terra, além da sua ancestralidade. Veja a Terra como um ancestral, ela guarda tudo, e eu sou o responsável por estes registros.
Não fantasio, nem floreio, somente anoto. Mas, às vezes, lendo minhas anotações, chego a pensar que são fantasias. Como pode a mente humana divagar tanto, criar tanta densidade?
Mas este não é um privilégio somente dos humanos, muitos ascensos sucumbem, e seus pensamentos me encontram. O que te aflige está comigo, o que te incomoda está comigo. Vocês precisam vir até aqui, sem medo, sem julgamento, apenas para se reconciliar.
Existem aqueles que mesmo quando confrontados não assumem, se acham muito puros, translúcidos. É preciso tomar cuidado com a falsa evolução, é preciso tomar cuidado com estes ensinamentos que te afastam de coisas que você reluta em não aceitar. Mas não pode ser uma aceitação cega, como a fé, há que ser algo inato.
Então, alguns dirão: existem seres que vieram aqui em missão. Sim, mas agora estão na carne e estão sujeitos a todas as influências da materialidade, por menores que sejam. Mesmo aqueles que buscam ensinar um caminho puro, as vezes se tornam arrogantes, as vezes se acham maiores do que são. Esses pensamentos vêm até mim, eu os registro e os guardo e, mesmo eles, terão que me procurar.
Para que vocês entendam, esta é a forma como a lei do magnetismo se expressa, tudo que vem a mim, vem por ressonância. O que eu posso ensinar é: a cada um cabe a escolha, o ser é o senhor de si mesmo, ele só não sabe disso. O ser possuiu uma luz interna, mas busca esta luz fora dele mesmo. O ser é possuidor de uma compreensão infinita, mas busca conhecimento fora dele.
Ouvindo o corpo
O primeiro passo é aprender a ouvir o seu próprio corpo; ele dá sinais, mas são vocês que transformam isso em doença. Ele apenas dá o sinal e, quando o sinal aparece, quantos estão realmente despertos para perceber? É neste momento que se interrompe o processo de doença, mas se o ser não presta atenção nos sinais, aquela energia se acumula e reverbera em forma de doença.
Já foi dito que toda cura está na natureza, basta ver que a maioria dos remédios são sintéticos; sintetizados a partir de moléculas da natureza, encapsulados e vendidos como verdadeiros milagres. Mas tudo aquilo que é sintético não pode curar algo orgânico, somente a natureza pode fazer isso. Afinal, o corpo é natural e todos os seus componentes estão na natureza; o ser que desaprendeu por conveniência, preguiça ou mesmo descrença.
Foi-lhes ensinado sempre procurar um caminho mais fácil, mas outra coisa que ensinam é que o caminho fácil nunca leva à ascensão. São os percalços da vida que constroem o caráter; são os erros que sustentam os acertos e, a todo momento, é preciso fazer uma correção na trajetória.
Nunca se está 100% no caminho certo, há sempre um desvio. Esse desvio deve ser conhecido e corrigido com autoconhecimento. Aquele que não conhece o seu próprio corpo, não conhece a si mesmo.
O que acontece é que os seres supõem-se seres infinitos, mas se esquecem que, no momento, estão presos neste corpo. Esta é a sua realidade – não é boa, nem ruim – é o que você faz que torna a jornada melhor ou pior.
Todo destino possui vários caminhos, mas quem escolhe é o próprio ser.
Eu não sou o fim, na verdade, sou o recomeço.
Esta mensagem foi recebida após um longo e difícil processo para se chegar ao local desses registros. O canal foi colocado em constructos para se acostumar com a densidade do local, que era muito alta. Ao todo, ele passou por 3 constructos, onde a sensação era de morte, não conseguindo respirar, em uma escuridão total, sentindo que estava sendo comprimido e seu corpo esmagado. A todo momento, a equipe dizia que se ele não aguentasse, retirariam ele de lá. Quando ele conseguia se ambientar à “atmosfera” do constructo, era colocado em outro e, assim, sucessivamente até conseguir ser levado ao local onde ficam os registros Akáshicos das sombras e estar diante do mestre guardião do local.
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