Tem um ser se apresentando, é um tritão, ser marinho metade peixe e metade humano. Suas escamas têm o formato de conchas. Elas brilham na tonalidade azul e num degradê se tornam verdes, vão clareando, adquirindo um tom rosa até ficarem brancas no final da cauda.
Ele está descendo sem esforço para o fundo do mar. Embaixo tem uma cidade de cristal, onde é a sua morada. Ele está explicando que esta cidade representa pureza e clareza. “Mesmo em águas turvas a luz se manifesta”.
O oceano, onde a cidade se encontra é o Atlântico, entre a África e Brasil, mas, para eles, não existem divisões, pois essas divisões foram criadas por nós. A noção de espaço para eles também é diferente, não é igual a nossa.
Ele tem um convite para nós, nos aproximar mais da nossa verdadeira essência, nossa carga emocional não é por acaso. Como conseguimos lidar com a questão emocional? Desenvolvendo cada vez mais a intuição. Quem intui, intui de um sentimento. Isso de forma genérica, pois a intuição é uma salvaguarda que não pode ser desprezada. É ampliando o poder de intuição, que se amplia o poder de clarividência, clariaudiência e as demais faculdades.
Ele está dizendo que por causa da água, eles sempre veem o sol distorcido, mas que mesmo assim compreendem a luz, a natureza da fonte. Mesmo na água o som se propaga, de uma forma diferente, mas se propaga e neste estado aquático tudo se torna mais forte.
Mensagem
Vocês precisam mergulhar fundo no conhecimento. Tudo o que é superficial é passageiro, efêmero e apenas uma parte do todo. Apenas com o conhecimento se consegue elevar a consciência.
Quando algo é muito importante, concentre-se nele, dirija o seu foco, estabeleça uma harmonia com essa sensação, não refute, mas saiba que há coisas que podem ser resolvidas e coisas que não podem. O difícil é que esse comando negativo não é assimilado pelo cérebro, então, ele interpreta tudo de uma forma racional, como se tudo pudesse ser resolvido. Mas não é assim que funciona na prática.
Há coisas que você tem que soltar e colocar na gaveta, deixar lá por um tempo.
Ser muito rígido consigo mesmo e perfeccionista transborda na ansiedade, porque o emocional não filtra a energia. Ela vem e entra no racional, mas o racional trabalha diferente do emocional, ele não quer saber da possibilidade, quer saber da resolução. Então, acontece o conflito.
Quando você estabelecer que cada coisa tem o seu tempo, porque temos os marcadores temporais, você entenderá que existem coisas que podem ser resolvidas e outras não. Você pode compreender algo, mas não conseguir resolver. O que fazer? Você posterga. Postergar não é o mesmo que procrastinar, isso é uma autodefesa. Você posterga e busca mais conhecimento para poder lidar depois. Caso contrário, você entra em um ciclo infindável de ansiedade e começa a se julgar: “ah não sou bom o suficiente, não dou conta disso” e se vitimiza. Este processo de vitimização é a morte. Ninguém é vítima, todos são protagonistas do seu destino.
A programação prévia existe, mas só para a questão da sobrevivência. Superada essa fase, você tem que evoluir. A única forma de evoluir é enfrentando a vida. O que ela me reserva? Desafios, porque quero crescer. Cada desafio é um degrau, sempre lembrando que a busca tem como objetivo a reconexão com o antakarana. Não é uma realização material, mas inseridos na matéria observe que tudo posto a sua volta são ferramentas. Dinheiro é ferramenta, uma casa, um carro é ferramenta, tudo. O uso delas depende da pessoa.
Poder para transmutar
Você pode financiar uma guerra ou um projeto de assistência, você decide. Você decide, mas depois que decidir o registro fica gravado e, querendo ou não, o julgamento vem. Qual julgamento? O seu mesmo, interno, você trabalhando com a sua própria consciência. Traga aquilo lá do fundo do seu inconsciente, materialize e transmute. Vocês têm esse poder de transmutar todas as vibrações. Como? Mude a frequência. Vocês já têm a consciência de que a vida não é o que se quer, é o que ela oferece. Mas se o que ela te oferece não é o que você quer, reprograme. Isso não te serve? Descarte.
Trabalhe com aquilo que é relevante. Quanta energia vocês desperdiçam com frivolidades. Muita energia. E no processo entenderão que se você gasta uma energia, é você mesmo que precisa repor. Ninguém vai repor por você. Como você repõe esta energia? Se reconectando. Busque a energia que flui infinitamente, constantemente. Imagine uma torus entrando em sua cabeça, percorrendo seu corpo, subindo, voltando. Este é um fluxo como uma espiral que vai se desenrolando no espaço-tempo.
Lidando com a ansiedade
Como lidar com a ansiedade? Simplesmente você para diante de uma situação que não tem a solução imediata, e seu consciente não consegue trabalhar com aquela informação nem transmutá-la, e coloca em stand-by. Porque adquirindo mais conhecimento você conseguirá lidar com ela depois.
O que as pessoas falam quando fazem esse processo? “Nossa, se eu soubesse que era tão fácil…” Porque na verdade você já tem a solução. Todo o problema ao se apresentar, traz dentro de si uma solução, mas ele tem uma couraça a ser perfurada para se chegar no âmago da questão.
Para chegar lá, você deve pensar. Você também pode usar a intuição projetando a sua consciência para aquele ponto e lançando as possibilidades: “essa não é viável, esta também não é”. Então, coloca em stand-by e em algum momento você encontrará uma possibilidade viável. Assim, conseguirá resolver este problema, dissolvendo-o e transmutando-o.
Tudo é energia. O que é transmutar? Num simples exemplo, é quando você pega uma vibração de 200 hertz e exerce um pensamento superior de 250 hertz transmutando a energia. Você não muda nada, você apenas transmuta a frequência, pois a energia é a mesma, mas agora ela está em uma frequência maior e vibra diferente. Esse “vibrar diferente” é que será inteligível num processo cognitivo.
Quem trabalha com esta análise não fica supondo. Não se supõe nada. Ou você compreende ou você intui, mas nunca suponha nada. A suposição é uma criação mental, pois o cérebro sempre está buscando uma maneira racional de trabalhar com as coisas. Então, ele vai supondo. Este é o primeiro nível e você deve sair dele. Diga: “qual é o problema?”, e analise–o de todos os ângulos, entrando fundo e se perguntando o que está sentindo. Tristeza, alegria, medo? Medo de que? Medo da rejeição? Alguém te rejeitou? Mas essa rejeição não é do problema em si, é materna, é a falta de um colo.
A vida te dá o que precisa te dar
Descobrindo a razão, você transmuta aquilo. “Isto é o que a minha mãe podia me oferecer, é o que a vida me deu através dela”. Observe que a vida te dá o que precisa te dar. Se você interiorizar isso como algo ruim, vira um trauma. Então, antes de interiorizar, transmute para uma frequência melhor. Como? Com conhecimento. “Minha mãe não podia me dar mais do que ela me deu, era a capacidade dela, era o gradiente consciencial e cognitivo dela”.
Por isso, não se faz julgamentos. Quando você julga, guarda aquilo de uma forma negativa. Então não julgue, mas procure entender. É difícil? Sim, porque o emocional está sempre envolvido.
Neste exemplo, visualize sua mãe a sua frente, converse com ela, tenha certeza de que esta conversa está sendo estabelecida no astral e ela receberá isso de alguma forma, em sonho, intuição e na próxima vez que você a encontrar, sentirá que ela estará diferente. Diga: “invoco a presença da minha mãe aqui na minha frente, quero conversar abertamente com ela, agora estou mais amadurecido e reconheço que o que ela me deu estava dentro das possibilidades dela, mesmo que limitadas, mas também tenho limitações”.
Agindo assim, você cria um elo de empatia, é um link que se faz. Você projeta esse conhecimento, essa transmutação, e a energia retorna para você transmutada. Igual ao antakarana, é um processo de religamento, você entende a energia da fonte e devolve esta energia para a mesma fonte.
O problema é que muita gente pega esta energia e vai trabalhar em benefício próprio. A pessoa está sempre trabalhando nas frentes que precisa resolver na materialidade, para chegar à conclusão de que não adiantou nada, que aquilo vai passar, acabar, pois tudo acaba e permanece somente a consciência. Mas, neste caso, a consciência se mantém vazia porque tudo que ela colocou dentro dela desaparecerá. No momento que desencarnar, aquilo tudo desaparece.
O que são as lembranças
Vocês dirão que o espírito, a alma, recorda, tem as lembranças, mas não é bem assim. As lembranças são apenas um sistema de gravação. O que é importante que vocês entendam é que este sistema de gravação possibilita que vocês estabeleçam os marcos temporais para que não ocorram por conta própria, por conta da natureza, do influxo da energia de reciclagem da vida.
Esses marcos temporais, você define. “O nascimento do meu filho foi um marco temporal muito importante para mim”. O que ele demonstrou para você? “Que tenho poder de cocriação, eu criei outro ser”. Mas ele é um outro ser e terá a vida dele, sua individualidade, e você não pode interferir neste campo.
Por que as pessoas acumulam muito carma? Porque ou estão julgando os outros, e imprintando esses julgamentos nelas mesmas, ou estão interferindo no campo das outras pessoas e trazendo os problemas delas para ela mesma. Quer ser livre, quer voar? Seja leve, conciso, tenha clareza, lucidez mental e espiritual.
Pense bem, vocês estão na matéria, num corpo orgânico, então o processo é: primeiro, mentalmente, estabeleça a lucidez e clareza através do conhecimento e use suas experiências com os desafios para subir um degrau a mais. Isso nada mais é do que o processo de clareamento. Quando você joga luz, aquilo a sua frente se revela e nem sempre é um monstro, nem sempre é o que você pensou ou supôs.
Não podemos supor, mas a gente sempre supõe que algo é terrível, porque está incomodando. Jogue luz sobre aquilo. Luz é conhecimento, pesquise, estude e lance esse conhecimento sobre aquele problema. Luz não é uma lanterna que você aponta para algo, é a sua projeção consciente daquela frequência de conhecimento e este ato clareia o problema e, muitas vezes, você percebe que não é nada daquilo que supôs erroneamente.
Mas se você tiver esse discernimento e intuir que aquilo não é tão ruim quanto parece ser, já é meio caminho andado. Você busca referências e nossas referências são o conhecimento. Busque a verdade e a verdade o libertará, a verdade está no conhecimento. Vejam bem, não é no conhecimento puro e simples, isso vocês já sabem. O conhecimento puro e simples é apenas informação, é o que todo mundo faz todo dia. Quando acessam as redes sociais, vocês são bombardeados por informações, não por conhecimento. O conhecimento só surge quando se trabalha a informação internamente e a reverbera de forma prática, estabelecendo uma sabedoria.
Campo de harmonia e sincronicidade
O que é a sabedoria? É um campo de harmonia e sincronicidade. Quando você estiver nessa frequência, o que está a sua volta só se aproximará se estiver nessa mesma frequência. Isto é o pensamento lúcido. Obviamente haverá os ataques, as quedas. Caímos todos os dias, o importante é levantar. Observe que na natureza acontece o mesmo.
A planta sabe exatamente o lugar propício para ela. Se ela precisa de luz, buscará um lugar iluminado ao sol, se precisa de sombra vai se escorar em uma árvore. Se ela não tem um sistema próprio de energia vai parasitar outra árvore. Não importa, é assim que funciona. Quando você observa os padrões da natureza, você transpõe esses padrões para o seu nível de consciência e passa a agir dessa forma, mas com o seu grau de consciência atuando.
A palavra-chave é transmutação de frequências. Baixou a energia? Toca uma tigela tibetana, coloca uma música, medita, assim a frequência vai se elevando e purificando. A purificação não é a limpeza como vocês conhecem, a purificação é a elevação da frequência. Ao elevar a frequência, há a melhora. Use todos os recursos, sal grosso, alecrim, arruda, tudo está aqui como ferramentas e na natureza existem todas. Tudo são ferramentas, o problema é que vemos as coisas como objetos e queremos nos apropriar deles. Devemos ver como ferramentas que podem ser usadas e deixadas lá para outros se beneficiarem.
Sua experiência
Já errei muito. Já passei por muitas experiências que na época achava que eram ruins, mas, na verdade, não estava absorvendo o aprendizado oferecido por elas. Ao agir assim, acumulamos uma espécie de resíduo nos nódulos dos chacras e a energia não flui. Por incrível que pareça, virei a chave quando aceitei a influência de Netuno, o planeta. Eu lutava contra essa energia, não a aceitava, mas quando me abri e passei a aceitá-la, mudei totalmente.
A lua nos influencia muito. Ela mexe demais com os seres aquáticos, mas isso também já resolvi, entrei no equilíbrio. Compreendi que a noite acaba com o dia e o dia se encerra com a noite. Sol e lua coexistindo na eterna dança da bipolaridade.
Novamente, a chave é o ensinamento. A lua tem uma energia ruim e o sol uma energia boa? Não. Tudo é energia, são vocês que a transformam em boa ou ruim. Este é o grande paradigma que tem que ser quebrado.
Desde quando vim para este planeta, sempre encarnei na água e eu tinha um sonho que era vir como um pássaro. Porque sempre via os pássaros e dizia que eles eram livres. Eu tinha esse sonho, como se estivesse preso na água. Certa vez, há muito tempo, conversei com um pescador que falou a mesma coisa para mim: “você está aí e se sente preso? Eu estou aqui e me sinto preso. Gostaria de pode mergulhar e não emergir mais, isso seria a liberdade para mim”.
Então, percebi que o ambiente que estamos, é aquele que temos que nos adequar. Isso que é harmonia, não precisamos transformar nada, derrubar árvores, desviar os rios. Está na água? Se adéque às águas, construa casas de palafitas. Está no deserto? Use roupas brancas. Está no gelo? Construa casas aquecidas. A questão da evolução tem muito a ver com a adequação, é entrar em um lugar com a finalidade de contribuir, mas se não puder, pelo menos não destrua, não modifique.
Com este pensamento e observando a vontade do pescador, adquiri a consciência de que era livre nas águas, no lugar onde nasci.
Tudo é consciência, é só o que existe. A consciência opera em um estado de frequência muito elevado, não existem rótulos. Quem rotula somos nós.
Namaskaram
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