O homem não existe e a mente é apenas um refúgio. É um local para onde se vai na busca de um sentimento e de um sentido para a existência. Este lugar é particular e único para cada ser, mas ele também é uma ilusão.
Quando há a integração do ser aqui encarnado com a sua verdadeira essência superior, dissolve-se a matéria, o corpo não existe, tampouco a mente. Esse não é um fim da existência humana conhecida, mas sim um ponto inicial do caminho da evolução. O que é a evolução? A evolução é cura, e a cura é limpeza.
O próprio ser é que faz o polimento na sua estrutura bruta e material, transmutando para uma forma translúcida e deixando aflorar a sua consciência superior. Esse processo não implica necessariamente em uma viagem para outros mundos, mas sim uma sutilização da densidade, a qual o homem está atrelado, enraizado pelas crenças. Mas quando ele se entrega a esta sabedoria maior, sente o conhecimento, ele não apenas realiza um processo de depuração mental, mas sim uma compreensão universal e isso leva a dissolução do que é material e ilusório, restando a este ser a sua consciência polida pelo trabalho árduo da limpeza de seus corpos.
Essa limpeza deve ser tão profunda que inevitavelmente levará à dor. A dor na própria alma é a dor da consciência se revelando e se transmutando para um estado mais fluido. E aí ocorre a mudança da densidade, não é um deslocamento físico como se poderia imaginar, mas é um despertar da consciência que já habita o próprio ser desde o nascimento.
O que é eterno prevalece no final deste processo, o que é efêmero se esvai como sonhos que se dissolvem. Então, o ser não sonha, pois ele já vive este estado pleno em total religação com a Fonte, como quer que se denomine, a princípio e a priori não estamos no plano das concepções, pois as concepções e percepções derivam da criação mental.
A catalogação, a divisão, o enquadramento das coisas é um processo de prisão, é uma solidificação da verdadeira essência cósmica. Num primeiro momento, para que se possa compreender e entender as coisas, mas num segundo momento esta fluidez, esta vibração mais etérea se torna plausível, compreensível e experienciável.
Purificando energias
Sim, a materialidade é uma necessidade do sistema evolutivo, pois tudo o que é denso é atraído gravitacionalmente para um ponto de densidade maior. É usando a radiação cósmica da luz da Fonte que se consegue transmutar a gravidade e os gravitons em uma substância mais fluida, que seria a radiação. Assim é o processo que ocorre no sol quando ele irradia a luz, ele nada mais fez do que um processo de purificação das energias densas do sistema solar que ele atrai através da sua imensa força gravitacional e expele através da radiação transmutada, transformando algo denso em prana, em energia vital ou em energia escalar, que passa a ser absorvida por todos aqueles que se encontram nesse sistema solar.
Sim, ele é o rei, ele é o ‘Deus’, ele é o tudo dentro desta limitação sistêmica, mas ele não é o absoluto e também não compreende o absoluto. Apesar de estar em um nível mais elevado em termos de frequência, ele se encontra na mesma faixa de materialidade que o homem hoje ocupa quando está encarnado, ou mesmo após o desencarne nos umbrais, nas cidades de luz, que na verdade estão nesta faixa umbralina ainda em uma densidade que não comporta a percepção do absoluto.
Se tentar catalogar o Criador, este é um exercício inútil e vão, pois o imaterial não pode ser reduzido a uma fração de sua potência.
Quando se diz que este é um planeta de regeneração, há uma certa verdade nisso, mas é só uma parte da verdade, não é a verdade absoluta, é uma verdade parcial e o homem já pode compreender isso, mas muitas coisas o impedem, inclusive o medo e o apego a uma existência efêmera e transitória. Uma existência na fisicalidade está limitada pelo tempo, mas a compreensão deve-se dar da seguinte forma: o tempo é o próprio Criador.
Se Ele é o próprio tempo, como poderei compreender essa infinitude estando situado num ponto denso e material de concretude? Quando o ser desce para essas esferas materiais, ocorre a densificação dos corpos e isso ocorre em camadas. A camada mais baixa contém as impurezas, como diriam os mestres: sois luz e escuridão, coexistindo simultaneamente nesta fração temporal, perceptível pelos sentidos do corpo físico e da mente. O salto se dá quando se tem esta compreensão de que o etéreo também pode ser materializado e plasmado numa forma mais sutil, menos densa. Há uma sustentação da vida em vários planos e densidades, é isto que precisa ser assimilado.
A consciência deve ficar livre e o ensinamento é liberdade de consciência, o que se colocaria na Terra como liberdade de expressão. É assim que funciona, a liberdade de consciência questiona todas as densidades, camadas e mesmo quando arrebatados para densidades menos densas, é preciso o exercício do questionamento, análise crítica e a síntese.
Não pensem que ao sair do corpo os seres se tornam automaticamente iluminados. Não é assim. Primeiro há a necessidade de passar por este processo de limpeza, purificação e clarificação. Clarificação dos medos, dos apegos, das crenças, dos preconceitos. O universo está estabelecido como uma malha interconectada e interligada e todos os pontos se comunicam. E não há nesta estrutura o que se compreende como dualidade.
É uma estrutura que representa a unicidade, não no aspecto da religiosidade, mas no aspecto da harmonia, do equilíbrio e da simetria entre os opostos. Uma verdadeira coexistência refletida e experienciada quando se tem a consciência do verdadeiro significado da palavra respeito.
Limpeza e clarificação
Todos os seres individualmente encontram-se em momentos distintos da sua jornada, mas sempre nessa equação da limpeza e da clarificação. Uns possuem mais clareza, outros possuem menos, há aqueles que não possuem clareza alguma, como o diamante bruto, todos são diamantes em estados diferentes e a lapidação é feita pelo próprio ser, não é uma interferência divina.
O que ocorre de densidades menos densas para com esta densidade maior é um sistema de apoio, mas o processo cabe a cada ser. É individual, a princípio, então ele se reconecta com a sua essência superior e percebe que há um entrelaçamento com todos os seres que coabitam este planeta, de todos os reinos e camadas.
Então, depois de sua chamada ascensão individual, ele pode, enfim, absorver matérias densas e transmutá-las em radiação luminosa, com o intuito de compartilhar a clarificação que ele teve individualmente com os demais seres.
A primeira fase é uma ascensão individual, seguida de uma tomada de consciência e um favorecimento da evolução coletiva. Quando o ser se limpa, se clarifica, ele muda. Seu estado vibracional se altera e, isso sendo alterado, sua reverberação também se altera e passa a afetar tudo a sua volta. É deste processo individual que se passa para o processo coletivo, não adianta fazer o oposto.
O salva-vidas não dá a sua vida pelo outro que está se afogando, ele primeiro garante a sua própria sobrevivência no mar revolto e presta um apoio aquele que necessita. Então, quando ele se estabelece na sua consciência individual, ele pode ajudar os outros a não se afogarem neste mar de ilusões. Ele tem a clareza e a compreensão de sua estabilidade, ele entra em harmonia, equilíbrio e simetria e reverbera isso para aquele que está se afogando sinta-se apoiado. Mas veja que ele não faz o trabalho para o outro, primeiro ele trabalha para si mesmo, e o outro acaba recebendo esses influxos energéticos de uma consciência maior e estabelecida e se sente apoiado, vislumbrando a possibilidade de ser salvo. Mas é ele mesmo que está se salvando quando se põe calmo no mar turbulento.
O que deve ser questionado é: até que ponto o ser precisa caminhar sozinho para, então, encontrar esse estado de consciência clarificado? Até o ponto em que o que prevalece não é a informação, mas a externalização em forma de conhecimento e sabedoria extraída da experiência prática, combinada com o autoconhecimento. Para isso existem os filtros, o que o homem precisa saber é acionar essas chaves internas pra que ele possa filtrar aquilo que lhe serve, do que não lhe serve mais.
Todo o conhecimento é válido, todo conhecimento é uma ampliação da consciência, mas depois de buscar o conhecimento em livros, estudos, cursos, vivências, experiências, sempre haverá um momento em que deve ser feito uma reflexão interna e individual de clarificação para que ali, como se diz, haja a separação do joio e do trigo.
É o homem que faz a separação, é sua consciência superior que o apoia neste processo, não é uma divindade, não é um ser elevado, iluminado que traz essa clarificação, ela vem de dentro, do interior do inconsciente.
Mergulhem fundo neste oceano que vocês são e levem a clarificação em todos os cantos. Onde há luz, e a luz é conhecimento, a ignorância é dissolvida, mas não é uma dissolução no termo de extermínio ou de fim, não se dá fim a nada; tudo no universo se transforma. Aquele sentimento denso que o ser possui em seu interior é transmutado, pois ele é uma energia que coexiste com a luz em seu interior, então, vós sois luz e escuridão.
Mas isto não representaria a dualidade? Não. Para sair da dualidade, o ser deve ter em mente, ter na sua consciência estabelecida, que tudo é energia, tanto a matéria escura como a luz são energias. É como se faz essa compreensão e como se atinge este ponto de conhecimento? É simples, o ser deve estabelecer que não combaterá o mal em si, o mal que existe nele, pois se ele fizer isso matará parte de si mesmo. Ele tem que estabelecer na consciência que ele transmutará. Transmutar é dar uma nova roupagem aquela energia densa e escura para que ela continue com ele, fazendo parte dele, coexistindo, como muito bem está representado no símbolo do yin e yang.
Esta luz e esta escuridão se imiscuem, se conectam, interagem entre si e hora a luz transmuta a escuridão, hora a escuridão domina a luz. Por isso dissemos repetidas vezes que é uma luta interna. Então, não há um ponto absoluto em que o ser se mostra totalmente iluminado neste plano, ele sempre trabalhará este conflito.
Por isso trabalhamos com a cura, não no sentido superficial da palavra, mas mais no sentido de clarificação da alma. A alma, ou o seu espírito, a sua essência, está obscurecida pelo ego, mas não se mata o ego, pois ele é uma ferramenta e o ser precisa ter o domínio desta ferramenta, mesmo que isso pareça repetitivo, mas é uma palavra-chave; a questão se trata de clarificação.
Clarificação é jogar luz sobre o problema e a luz é o conhecimento projetado pela mente neste estado da matéria, mas, em outros níveis, ela é mais que isso, ela é um plasma que se estende e abarca o que está a sua volta, para que ela possa compreender e absorver o ensinamento que aquilo está lhe trazendo e a forma como isso ressoa nos corpos, nos seres, no meio ambiente, em tudo que coexiste. É uma forma circular, por isso dissemos para vocês trabalharem com a energia circular, porque ela expressa o sentido mais puro de movimento.
Diminuição da densidade
Nada no universo é estático, vocês estão sobre um planeta em constante movimento, o movimento sobre o sol e, ao mesmo tempo, um deslocamento no universo. Observem este modelo, e vejam que é assim que o ser deve agir, num movimento circular em volta do seu próprio sol, que é a sua consciência estabelecida no seu cardíaco. É o seu próprio sol, o sol interno. (mensagem sobre o Sol interno que pode ser acessada aqui) Ele deve orbitar este sol e, ao mesmo tempo, se deslocar no espaço, num movimento circular, elíptico e contínuo. Este processo de clarificação resulta numa diminuição da densidade corpórea.
Para que o ser possa fugir da lei da gravidade, ocorre o desprendimento da consciência; ela abandona este corpo, que é um abrigo temporário, abandona esta mente, que é um refúgio e se ancora em densidades menores. A medida que a sua frequência aumenta, o estado vibracional também.
O que seria uma iluminação completa neste plano da matéria? Seria a própria combustão do corpo físico. A transmutação dessa matéria de carne e ossos para o estado menos denso é uma verdadeira combustão, que nada mais é do que a clarificação da mente sendo sobreposta pela consciência superior. Assim como cabe ao ser domar o ego, a sua consciência superior faz o trabalho de domar a mente e o corpo.
A leitura, a busca do conhecimento é importante neste processo, mas, como dissemos, sempre deve vir acompanhada de um processo de reflexão. Todo conhecimento é válido, mas ele precisa passar por um processo de clarificação, que nada mais é do que interiorização dessas energias e a separação do que te serve e daquilo que não te serve mais.
Mas quando o ser se vê apegado a certos conhecimentos como absolutos, o que acontece tanto na religião como na ciência, surgem os dogmas – verdadeiras correntes, uma verdadeira prisão para a consciência superior.
A grande questão é: pode o ser atingir este estado de consciência? Sim, mas terá ele a vontade e determinação de sustentá-lo? Este é o outro lado, porque há sempre antes de toda montanha um vale. Esse mundo dos opostos e da dualidade existe para isso, para se ver que só se chegará ao cume da montanha depois de atravessar o vale, mas quando se chega ao cume e olha além do horizonte, a consciência desperta para o entendimento de que os mesmos minerais que estão no topo da montanha, também estão no vale e percebe neste processo o verdadeiro significado da unicidade.
E vamos aproveitar esse momento, aproveitar essa chuva (estava chovendo no momento do recebimento desta mensagem), observem, o ser é como a água. A água não pode ficar estática, ela precisa ser fluida e estar sempre em movimento, então, com os raios do sol, evapora, vai para um outro estado, se eleva e se condensa em nuvens e se precipita novamente como água, assim são os pensamentos do homem. A sua mente está em constante movimento procurando o sentido para a existência e quando ela se defronta com um conhecimento novo, esse pensamento evapora, se eleva, se condensa e se precipita. Então, aquilo que você está recebendo de volta ou aquilo que o ser está recebendo de volta, como as gotas da chuva, nada mais são do que os seus próprios pensamentos retornando ao ser.
Isto é para dizer que somente com os pensamentos não há a possibilidade de uma clarificação. O cérebro e a mente são instrumentos necessários para o processamento, mas o conhecimento está além disso. Então, quando você absorve o conhecimento novo, em vez de evaporá-lo com seus pensamentos, projete-o para a sua consciência superior para que ele se sedimente. Cada vez mais a sua consciência superior vai ganhando vida, até chegar o momento que você estará nela e não se precipitará mais sobre a Terra. Ou seja, o ser consegue sair do ciclo reencarnatório.
Existem barreiras, limites e toda uma série de armadilhas, mas quando se estabelece uma consciência pura, isso tudo é superado.
Aquilo que o homem não compreende, se torna o seu maior inimigo. De tão envolvido com esse inimigo, ele ganha vida e se torna realidade, que se transforma em uma visão.
A importância do desapego
E, novamente, como os mestres ensinaram, através do desapego, inclusive o desapego intelectual – o que mais prende os seres neste plano – vocês vão clarificando esse sistema. Mas o ser está inserido em um sistema que já é complexo e ainda adentra em padrões que são mini sistemas dentro do sistema maior. Para os que acham que há um fundo no poço, nós dissemos não há. A mente é tão criativa que não há limites.
Mas mesmo aquele ser que se encontra na região abissal do oceano tem a consciência de que há algo mais sobre ele, há todo um universo. O problema do ser humano são as limitações, mas elas decorrem da ignorância e, nesta jornada, neste caminhar haverá dor. A dor é um aviso de que algo está ocorrendo, de que algo está mudando. O ser deve passar pela dor, mas não se apegar ao sofrimento, deve ver a dor como um mestre.
Como diria um grande ser que esteve aqui “os meus maiores mestres são os meus inimigos” e o que ele quis dizer com isso? Simplesmente que aquilo que incomoda no outro é um reflexo do seu próprio interior.
Para sair deste estado de densidade é preciso o trabalho com as 3 leis universais: o equilíbrio através da reconexão, a harmonia através do conhecimento e da luz e a síntese disso é a simetria entre os opostos. Isso leva a compreensão da unicidade, da indivisibilidade, isto te leva a compreensão da consciência do Imanifesto, que é una em essência e fragmentada na experiência.
Mensagem da Mãe Aruanda. Que a força, a vontade, a convicção e a clareza estejam sempre presentes.
*imagem apenas representativa de Mãe Aruanda, mãe cósmica que se apresentou como pura luz envolta em um merkabah de cristal, sendo ela a sustentadora da cidade de Aruanda.
Ela também nos mostrou a cidade de Aruanda, formada por cristais de muita luz.
Namaskaram
Mantenha-se conectado, assine nossa newsletter para não perder nenhum conteúdo. Acompanhe o trabalho também pelo instagram! @aurora.luminus
Trabalho 100% gratuito, fruto da dedicação do grupo Aurora e de seus mentores. Informações acessadas e mensagens canalizadas em momentos de meditação profunda. Conheça um pouco sobre o início do site e o grupo Aurora.