Estar na presença

Estar na presença

Estar na presença é quando se estabelece a conexão interna. No início é um acesso, durante este acesso, a sua visão – não a física, mas a espiritual – se sobrepõe à física e você começa a ver as situações de uma forma global, vê todo o panorama. Quando você volta deste acesso, obviamente num processo natural do ser humano, este acesso é tragado pela mente porque ela tem a necessidade de tentar compreender. Mas não se engane, este é um falso processo de expansão de consciência.

O que na verdade a mente faz é empacotar tudo, pois não lida bem com uma visão multidimensional, não foi feita para isso. É neste momento que aquela energia do acesso se perde. Ela fica sim registrada internamente, mas, agora, a mente procura repassar só a superfície daquela informação.

A mente jamais vai mergulhar naquele campo informacional, mas, com o tempo, naturalmente vocês vão doutrinando a mente para que ela comece a funcionar como uma rede neural, não só como um processador.

Vocês precisam ensinar a mente a não ser um mero processador e integrá-la num campo de observador. Ela não necessita compreender e racionalizar tudo, é impossível racionalizar todo o processo, pois é muito grandioso e possui várias camadas, onde a mente consegue acessar somente a superfície. É a sua consciência que tem a função de cavar o buraco, ir fundo e liberar todas as camadas da informação.

Estar na presença, esta simples frase a mente transformaria em um livro para tentar entender, mas a consciência não precisa. Enquanto a consciência tem acesso a todo o pacote, a mente só vê blocos e tenta encaixá-los sem sucesso, suprimindo-os cada vez mais fundo.

A mente foi treinada para segmentar a informação e distribuir em caixinhas, porque deseja ter o controle dela. Quando você precisar de um aspecto daquela informação, ela vai buscar a caixinha, mas o processo já estará comprometido, porque uma parte da informação não é a informação. É apenas uma parte.

Então, não se preocupe com este processo mental. O processo mais importante é o primeiro processo, quando você escolhe receber a informação, seja qual for, escolhe receber todas as camadas de uma vez, mesmo que a princípio não faça sentido.

Para a mente entender como algo funciona, precisa desmontar aquele algo, dividir em partes e colocar em uma sequência lógica – para ela – para ficar mais palatável. Mas a consciência quando recebe uma informação assim, não precisa destrinchar, ela só escolhe receber.

Para exemplificar, é como se você estivesse recebendo um arquivo zipado. A mente precisa descompactar este arquivo, mas a consciência não; ela consegue ver além do que está compactado e através da intuição, da sensibilidade, das percepções, desempacota o arquivo virtualmente, e não fisicamente. Ou seja, ela olha para o arquivo zipado e consegue ver todo o conteúdo.

Se você entrar na segunda fase e deixar a mente descompactar este arquivo, a única coisa que acontecerá é um gasto desnecessário de energia e uma perda considerável da essência da informação.

A mente transforma esses pacotes em dados, mas o pior não é isso, o pior é que os dados que ela entende, ela recebe, mas os que ela não compreende, ela arquiva e a informação fica toda fragmentada. Vocês não precisam ir para a segunda fase. Só recebam. A consciência quando recebe, incorpora tudo, porque ela não julga nada do que está contido naquele pacote. A mente vai julgando cada arquivo, item por item e se vê na prerrogativa de eliminar ou arquivar aquilo que não compreende.

Muitas pessoas quando têm esses acessos e passam a trabalhar com a mente em cima desses arquivos, na verdade, ela fica trabalhando com 1% de toda a informação. Então, estar na presença parece simples, mas tem infinitas implicações. Estar na presença é se manter consciente, é afastar a interpretação mental do processo. Estar na presença permite que não entre no seu campo nenhuma interferência, já a mente procura pegar esses arquivos e associar com algo externo. Ela compromete a essência da informação.

Com o tempo, vocês devem doutrinar a mente, diga para ela: você não é um processador, você é uma rede neural. Você não é um acúmulo de informações, você é uma malha de compartilhamento de informações.

“Mente, você é uma rede neural, não um processador”

Quando você faz isso, você tira aquela sobrecarga da mente e entende que mesmo aquelas partes que ela não compreendeu foram absorvidas por ela, pois vocês possuem 200 milhões de neurônios e conseguem processar 300 trilhões de sinapses e conexões. A capacidade da mente é muito maior do que aquela que ela foi programada e encapsulada, e está totalmente atrelada ao número ou a idade do próprio universo: são trilhões de conexões; cada conexão está atrelada a uma era.

Estar na presença é não ser um personagem criado pela mente. É não impor rótulos, não criar conceitos, pois nós estamos passando a informação e se vocês tentarem interpretar, estarão imprimindo na informação o ponto de vista de vocês. Não que seja errado ter um ponto de vista, errado é ter um ponto de vista limitante.

Para lidar com isso, vocês têm que entender que sempre quando trazem uma informação, ela diz mais do que foi dito. Não tem problema não conseguir acessar de início a totalidade da informação, pois ela já está no campo. Quanto mais vocês trabalham esta ferramenta, estar na presença, mais fácil fica para lidar com as situações. Quando algo acontecer ou uma energia entrar, falem: eu escolho estar na presença, a minha consciência está requisitando que eu esteja na presença.

“Eu escolho estar na presença”

Pontos de vista

No início, quando olharem para um problema, vocês só verão uma faceta dele, mas estar na presença é conseguir ter o seu ponto de vista e entender o ponto de vista dos outros, como uma verdadeira rede neural. É se conectar com estes outros pontos de vista, sem rechaçá-los, sem tentar impor o seu. Quando você ver um acontecimento sob a perspectiva de outras pessoas, isso é onisciência.

Cada ser, cada pessoa tem um pedacinho da informação que vocês precisam, mas quando vocês se apegam ao seu único ponto de vista fixo, acabam barrando esta expansão. O ponto de vista do seu vizinho, não é uma afronta ao seu ponto de vista particular, mas é uma contribuição. Isto é expansão de consciência. Ele vê o problema de uma forma que você não está vendo, assimile este ponto de vista e, fazendo isso, você amplia o seu.

Verá que por isso não existe certo e errado, o que existe são pontos de vista e você entenderá que cada ser está num patamar da evolução, correspondente ao seu próprio nível de expansão de consciência.

Todas essas informações estão disponíveis para serem acessadas e você pode escolher acessá-las. Não é entrar no campo do outro, não é ter empatia para poder sentir o que o outro está sentindo; é compreender que ele está em um ponto de evolução diferente do seu, está ocupando um espaço diferente do seu, tem uma vibração diferente da sua e, por isso, cria um ponto de vista diferente do seu.

Por isso, nós pedimos para não formularem conceitos. Conceitos são restritivos, toda informação sempre terá uma lacuna que eventualmente será preenchida por uma outra pessoa. Isso se chama contribuição, ela vem e contribui para a sua expansão. Você simplesmente recebe e agradece: que bom que você me falou isso, não tinha visto por este ângulo.

Lógico que não tinha visto, pois os seres encarnados não conseguem ter uma visão além do espectro que a sua consciência permite, então, ele usa o entendimento de outras pessoas sobre aquela mesma coisa para formar uma compreensão maior.

Um exemplo, um carro bate em um outro carro e você está na calçada olhando. Você não viu o antes, só viu o depois, mas o seu ponto de vista diz que quem bateu atrás está errado. Será? Será que você não se precipitou neste julgamento? Porque você fez um julgamento e criou o seu ponto de vista, mas alguém que estava a sua frente e viu o antes, vira para você e diz: não, a culpa não foi de quem bateu atrás, o carro que estava na frente estava dando ré. Olha como o seu ponto de vista estava limitado.

Viu como é importante juntar as informações? A rede neural funciona individualmente e coletivamente e existe uma terceira pessoa que dirá que o carro estava dando ré porque o caminhão que estava a frente dele estava sem freio e veio descendo.

Já ampliou, agora é outra situação, um outro ponto de vista, mas é um ponto de vista maior. Entretanto, não podem se prender em limitar, conceituar e definir tudo, porque vocês concluirão, através do julgamento equivocado, que a culpa foi do caminhoneiro. Mas uma 4ª pessoa vai lhe dizer que o caminhoneiro teve um mal súbito.

O que podemos aprender disso? Que não se pode julgar. Já ensinamos que a mente é imediatista, ela precisa compreender o que aconteceu e se vê na obrigação de te dizer o que está acontecendo naquele exato momento. Entretanto, ela não tem a totalidade da informação, a informação está compactada. Ela precisaria descompactar a informação e trabalhar com cada parte, mas ela não fará isso porque precisa te dar uma resposta imediata, para você perceber que ela é relevante.

Então, imediatamente ela te dirá que o carro que bateu atrás estava errado. Mas em uma situação igual a esta, antes que a sua mente lhe diga o que está acontecendo, você fala: escolho estar na presença. Quando você faz isso, cessa e interrompe este algoritmo da mente, e as informações começam a vir até que você tenha todo o panorama.

Esta é a consciência te ajudando, é a forma como ela atua. Mesmo quando você estiver consciente não verá tudo, mas vai interromper este processo imediatista da mente e se abrirá para receber todas as partes da informação.

Você gastará menos energia e fará menos papel de ridículo.

** Estamos preparando um material para apoiar cada um de vocês na jornada de reconexão com sua hierarquia interior e seu Eu superior. Para aqueles que escolherem embarcar neste processo, ofereceremos ferramentas práticas para facilitar essa transformação.

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